
Atlético acumula pendências financeiras
Por causa da obra na Arena, Mario Celso Petraglia é obrigado a sacrificar o futebol. Atletico convive com atrasos salariais e perda de jogadores
17/01/2014 | 00:02 | FERNANDO RUDNICK“O futebol será nossa prioridade, mas nenhum sacrifício que venha do futebol e seus produtos será preciso ir para os tijolos.” A promessa de campanha feita por Mario Celso Petraglia em dezembro de 2011 não vem sendo cumprida após pouco mais de dois anos de mandato à frente do Atlético. Focado na reforma da Arena da Baixada – estádio que vai receber quatro partidas da Copa do Mundo –, o clube sofre com salários e premiações atrasadas, além de passar por momento de contenção de investimentos nos gramados.
De acordo com apuração da Gazeta do Povo, parte do elenco tem dois meses de direito de imagem vencido, além da segunda parcela do décimo terceiro salário. Os bônus por metas atingidas, como classificação à primeira fase da Libertadores e final da Copa do Brasil, também estão em aberto.
“Pelo que estou sabendo, está todo mundo do mesmo jeito. Os atletas estão esperando sair o que foi acertado”, afirma o ex-técnico do time, Vagner Mancini, sobre premiações. “Lembro que no último mês houve certo atraso no pagamento, mas foi tudo conversado antes. Eles [diretoria] nos falaram que estão passando um momento difícil financeiramente... Então, que está tudo meio atrasado, está”, completou o antecessor do espanhol Miguel Ángel Portugal.
O atraso no repasse de verbas do BNDES e o aumento do custo para a conclusão da Baixada para R$ 265 milhões (sem impostos) – que obrigaram o presidente a subir em um carro de som para pedir o fim da greve de operários em dezembro – respingam ainda na reformulação do elenco. Jogadores-chave na última temporada, Everton e Léo deixaram o CT do Caju, apesar de o time paranaense ter prioridade de compra. O meia argentino Lucas Mugni, que estava muito perto do Furacão, também foi perdido, essencialmente por causa da questão financeira. Jogará no Flamengo em 2014, assim como os outros dois.
O treinador Portugal trabalha com elenco reduzido em seus primeiros dias em Curitiba. No jogo-treino com o Joinville ontem, por exemplo, teve de improvisar os volantes Paulinho Dias e Zezinho nas laterais por falta de opção. Os recém-contratados Sueliton, ex-Criciúma, e o uruguaio Lucas Olaza ainda não estão disponíveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário